A Fifa abriu processo disciplinar contra o Brasil nesta segunda-feira, 28, com o objetivo de punir o País por causa de decisão monocrática do presidente do Superior Tribuna de Justiça (STJ), Humberto Martins, que desconsiderou o resultado da última Assembleia Geral da CBF, realizada na quinta, 24, segundo a qual o presidente interino Ednaldo Rodrigues deveria continuar no cargo até a realização de novas eleições na confederação.
Ainda nesta segunda, a Fifa enviou à CBF documento com o pedido de "esclarecimentos urgentes e detalhados" sobre a interferência da Justiça comum na entidade nacional. Na semana passada, o STJ determinou que o diretor mais velho da CBF assumisse a presidência a fim de coordenar o novo processo eleitoral.
Ainda em fevereiro, a Fifa suspendeu dois países, Quênia e Zimbábue, por causa da ingerência do governo e justiça locais em suas respectivas federações de futebol.
A medida de Humberto Martins, muito ligado ao vice-presidente da CBF, Gustavo Feijó, que, hoje, faz oposição ao grupo que segue Ednaldo Rodrigues, foi suspensa por um acordo entre a CBF e o Ministério Público do Rio, autor da ação, mas ainda corre o risco de voltar a prevalecer.
A Fifa estabelece em seu estatuto que as associações filiadas "são obrigadas a administrar seus negócios de forma independente e sem influência indevida de terceiros" e que "qualquer violação dessas obrigações" pode levar a uma série de sanções, incluindo até a proibição do país punido de disputar Copa do Mundo.
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